Partindo da ideia de que praticar música é também saber escutá-la, artistas pesquisadores falam sobre os aspectos musicais e históricos de álbuns importantes da música brasileira, que possuem relações com o entendimento mais amplo de jazz.

Lançado nas comemorações do centenário da abolição, em 1988, Quarteto Negro tem Zezé Motta em cinco música, e conta com Paulo Moura no sax e clarineta, Djalma Correa na percussão e Jorge Degas no baixo elétrico. Seu repertório contempla a produção afro-brasileira, com peças de gêneros como samba jazz, samba afro, afro jazz, fazendo do álbum um painel-síntese da música brasileira.

Nessa atividade, a escuta mediada é feita pela saxofonista Daniela Spielmann que possui mestrado sobre a obra de Paulo Moura, arranjador e compositor integrante do Quarteto Negro.

Daniela Spielmann: saxofonista, flautista, compositora, arranjadora, pesquisadora e professora. Em 2001, lançou seu primeiro CD solo  Brazilian Breath, indicado ao Grammy Latino em 2002. Fez parte da banda “Altas Horas”, do programa homônimo, comandado pelo apresentador Serginho Groisman, do ano 2000 à 2014 na TV Globo. Já lançou doze álbuns de carreira em grupos como Rabo de Lagartixa, Mulheres em Pixinguinha e o último em 2018, Afinidades. Em 2019, foi convidada para tocar no primeiro Rio Montreux Festival e em 2020 lanca o CD “Entre mil, Você” um tributo a Jacob do Bandolim com sua parceira Sheila Zagury. Já se apresentou com Sivuca, Zé Menezes, Zé da Velha e Silvério Pontes, Anat Cohen, Aurea Martins, Moyseis Marques, Zélia Duncan, dentre outros. Em 2008, concluiu a dissertação de mestrado, na UNI-RIO, sobre a performance de Paulo Moura, obtendo o título de mestre em Música. Concluiu seu doutorado em Musicologia em 2017, sobre as Gafieiras no Rio de Janeiro. Recebeu moções honrosas da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro e São Paulo, prêmios e menções de destaque em diversas áreas em que atua. Trabalhou em comunidades carentes do RJ ensinando Choro e MPB.